Japão pode denunciar activista contra caça às baleias – AFP

antes da notícia alguns vídeos da colisão entre o barco do Sea Shepher, o Ady Gil, e o Shonan Maru No. 2, baleeiro Japonês

a colisão:

http://www.youtube.com/watch?v=ua5RHIOamPo

Título Original: Japan may charge anti-whaling activist

AFP – via google news

por Miwa Suzuki (AFP) – 15 de Fevereiro, 2010

Tóquio – O Japão pode denunciar o activista contra caça às baleias (anti-whailing activist, no inglês) que embarcou em um de seus navios em águas da antárctica, afirmaram fontes oficiais na terça-feira.
O activista Peter Bethune subiu abordo do barco segurança da frota japonesa, o Shonan Maru 2, de um jet-ski e sob o disfarce da escuridão, nas primeiras horas de segunda-feira, planejando efetuar a prisão em flagrante de seu capitão Hiroyuki Komiya.
Bethune era o capitão do powerboat Ady Gil, que foi esmagado numa colisão com uma embarcação baleeira em 6 de Janeiro, e queria deter o capitão Komiya por tentativa de assassinato de seus seis tripulantes. Artigo relacionado: Greenpeace ‘Tokyo two’ plead not guily (Greenpeace: ‘Tokyo two’ se declara não culpado)
Ao contrário, o Japão pode agora prender e denunciar Bethune, que permanece em custódia japonesa, no último desenvolvimento de uma acalorada confrontação entre os caçadores de baleias e os militantes do Sea Shepherd, que têm assediado os caçadores por semanas em águas internacionais.
Ambos os lados esgicharam ao outro com jactos de água congelante disparados de canhões d´água, mas os activistas também arremessaram bombas de cheiro feitas de manteiga rançosa contra os caçadores.
O ministro da pesca Hirotaka Akamatsu jurou ser “linha dura” com Bethune.
“Devido a tratar-se de comportamento ultrajantemente ilegal, queremos lidar com isso seriamente,” disse Akamatsu aos repórteres terça-feira, informou a agência de notícias Jiji.
A agência de pesca japonesa, que conduz as expedições baleeiras anuais, “quer entregá-lo a guarda costeira japonesa”, disse um funcionário da agência, acrescentando que uma decisão formal do governo não havia sido tomada.
“Ainda não foi decidido se iremos buscar uma denúncia criminal, mas estamos decidindo como lidar com este problema, o que incluí esta possibilidade,” disse o funcionário, que se recusou a ser nomeado.
O porta-voz oficial do governo japonês, Hirofumi Hirano, disse aos repórteres: “Estamos na fase final de coordenação sobre como lidar com esta questão sob a legislação japonesa, inclusive se iremos trazê-lo ao Japão ou não.”
“Estamos estudando do ponto de vista de que ele é suspeito de invadir uma embarcação japonesa.”
Se o Japão decidir por prender Bethune, a guarda costeira precisará mandar buscá-lo de barco ou avião nas águas antárcticas, ou prendê-lo quando o Shonan Maru 2 retornar ao Japão, disse o jornal Mainichi Shimbun.
O capitão do Sea Shepherd Paul Watson disse: “o capitão Bethune estava plenamente dentro de seu direito de confrontar o homem que quase o matou e destruiu sua embarcação.
“E agora este mesmo capitão japonês que destruiu uma embarcação quase matando sua tripulação prentende levar o capitão Bethune de volta ao Japão como seu prisioneiro. Precisamos colocar a questão — quem são os piratas aqui?
A Sociedade de Conservação Sea Shepherd (Sea Shepherd Conservation Society em inglês) vê o ocorrido como uma oportunidade de angariar apoio para Bethune na Nova Zelândia e Austrália.
“Estes invasores japoneses pilham o santuário sul das baleias com impunidade e agora estão levando um corajoso herói Kiwi para a terra do sol nascente, para crucificá-lo por defender baleias,” disse numa declaração.
A pesca comercial de baleias é banida desde 1986, mas o Japão justifica sua caça anual como “pesquisa científica letal”, enquanto não nega o facto de que a carne é depois vendida em lojas e restaurantes.